De antigos desbravadores,
ainda sob o domínio das caatingas,
nasce um certo Cajueiro,
marco de uma história promissora.
Nutrido pela seiva prodigiosa da terra sertaneja,
aquele pioneiro assentou raízes,
floresceu, frutificou;
estendeu seus galhos
e se transformou num grande povo.
E esse povo cresceu, progrediu, fortaleceu-se...
e ganhou uma identidade.
E o Cajueiro, embora vivo,
virou Nordestina;
e Nordestina se tornou um oásis em meio ao sertão,
desafiando a secura da terra.
Essa é a trajetória árdua,
contudo vitoriosa,
de uma gente que nasceu
sob o signo da luta constante.
Tudo começou lá atrás,
pela mão de homens e mulheres
que, com garra e determinação,
acreditaram e apostaram no futuro.
Bendita seja a memória
desses heróis e heroínas,
eternos cajueiros,
cujas raízes continuam aqui fincadas,
tornando esta terra
sempre mais fértil e sempre mais forte.
Fértil, forte e próspera...
eis a marca indelével
de quem nasceu prá ser grande;
grande na hospitalidade;
grande na bravura;
grande na solidariedade...
grande na vontade de querer Ser,
de querer fazer...
de querer acontecer...
acontecer a beleza de ser um grande povo.
Isso é ser Cajueiro:
brotar, crescer, florir, dar fruto,
estender galhos e virar gente,
gente grande.
Isso é ser Nordestina!!!
José Gonçalves do Nascimento