domingo, 22 de agosto de 2010

UM CERTO CAJUEIRO



De antigos desbravadores,

ainda sob o domínio das caatingas,

nasce um certo Cajueiro,

marco de uma história promissora.

Nutrido pela seiva prodigiosa da terra sertaneja,

aquele pioneiro assentou raízes,

floresceu, frutificou;

estendeu seus galhos

e se transformou num grande povo.

E esse povo cresceu, progrediu, fortaleceu-se...

e ganhou uma identidade.

E o Cajueiro, embora vivo,

virou Nordestina;

e Nordestina se tornou um oásis em meio ao sertão,

desafiando a secura da terra.

Essa é a trajetória árdua,

contudo vitoriosa,

de uma gente que nasceu

sob o signo da luta constante.

Tudo começou lá atrás,

pela mão de homens e mulheres

que, com garra e determinação,

acreditaram e apostaram no futuro.

Bendita seja a memória

desses heróis e heroínas,

eternos cajueiros,

cujas raízes continuam aqui fincadas,

tornando esta terra

sempre mais fértil e sempre mais forte.

Fértil, forte e próspera...

eis a marca indelével

de quem nasceu prá ser grande;

grande na hospitalidade;

grande na bravura;

grande na solidariedade...

grande na vontade de querer Ser,

de querer fazer...

de querer acontecer...

acontecer a beleza de ser um grande povo.

Isso é ser Cajueiro:

brotar, crescer, florir, dar fruto,

estender galhos e virar gente,

gente grande.

Isso é ser Nordestina!!!

José Gonçalves do Nascimento



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