Sua poesia encanta e liberta. É como o pão que alimenta e a água que mata a sede. Semelhante ao oásis que, apesar da inclemência do deserto, não perde a vitalidade.
Sua poesia canta a terra, canta a justiça, canta a vida... É anúncio, é denuncia... Grito sublime a ecoar nos céus do sertão.
O poeta é também pastor, ou o pastor é também poeta. Ou melhor, um é o outro. Pois o coração é único e o amor que conduz o poeta e o pastor faz com que a poesia e o pastoreio sejam vividos na mesma intensidade de forma conciliada.
Quarenta anos de consagração. O poeta e pastor faz-se dom de si mesmo na caridade pastoral. Quarenta anos de entrega a Deus e ao outro. Vinte anos de padre, 20 anos de bispo. O fruto do seu pastoreio e da sua poesia é visto, é sentido..., é saboreado: a santificação das ovelhas lhes entregues.
Seu ideal é o Reino, projeto do Pai assumido pelo Filho e, por meio deste, confiado aos de boa vontade. No Reino dar-se-á a concretização da verdadeira poesia.
Paróquia de santo Antônio de Jesus; Paróquia de Jequié. Lá estão plantadas as sementes da sua poesia; lá, o seu testemunho de servo perpassa o tempo e a história.
Diocese de Bonfim. Esta desfruta do privilégio de tê-lo como pastor. De ouvir de perto o mavioso cantar do filho de Castro Alves.
Salve Dom Jairo, nestes 40 anos de sacerdócio.
Que o Deus da vida continue a guiar os seus passos de pastor e poeta.
Por José Gonçalves
Seminário Nossa Senhora do Bom Conselho – Ilhéus – Bahia
Nota: publicado, originalmente, no jornal A Tarde, de Salvador, em 08 de dezembro de 1994.
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