segunda-feira, 23 de novembro de 2009

NOVA ERA: UMA IDEIA PERIGOSA


Prestes à virada do século e já na alvorada do terceiro milênio, quando nos preparamos para a celebração dos dois mil anos do nascimento de Nosso Senhor, vemo-nos diante de uma filosofia que, infiltrando-se sutilmente, afronta nossos valores mais sublimes, enquanto propõe “novos” conceitos e “novos comportamentos. Trata-se da Nova Era, movimento de cunho esoterista fundado nos Estados Unidos pela vidente russa Helena Blavatsky.

O termo Nova Era exprime a ideia de contraposição à Era Cristã. Para o movimento, a Era cristã, “era de peixe”, chega ao seu fim e deverá ser substituída pela era de aquário, a Nova Era.

A nova doutrina nega a identidade de Jesus como Messias, considerando-o apenas uns dos enviados de Maitreya, o verdadeiro “messias” a quem todos esperam. Deus não é pessoa nem criador, mas uma “energia cósmica”. O homem não precisa da salvação de Deus, pois também é divino. Basta-lhe entrar em harmonia com o cosmos e se igualará a Deus. Na busca dessa harmonia incluem-se, naturalmente, práticas como o lesbianismo, o homossexualismo, a troca de pares, entre outros.

Entre os propósitos da Nova Era destacam-se: eliminar as religiões, especialmente a cristã e fundar uma única religião; suprimir a instituição familiar; implantar um único sistema monetário; criar um único governo mundial.

São bastante evidentes as conotações totalitaristas do movimento. É curioso que a sua propagação esteja ocorrendo, justamente, no momento em que ressurgem, no mundo inteiro, as tendências nazi-fascistas. Por sinal, um dos símbolos da Nova Era é a cruz suástica que, a partir da 2ª guerra mundial, se tornou a marca no terror de Adolf Hitler, o homem que, na sua desvairada pretensão de conquistar o mundo, fez desencadear a guerra que levou ao holocausto mais de 50 milhões de seres humanos.

A Nova Era, à semelhança da doutrina hitleana, prega a instituição de um governo universal, uma espécie de ditadura mundial. Conforme apregoa, o planeta deverá ser dominado por um “diretório mundial”, segundo os critérios de um só líder. Os que não quiseram se submeter à “nova ordem” serão condenados ao extermínio.

Embora de forma discreta, a nova doutrina vem sendo amplamente divulgada. É sabido do empenho de várias organizações e grupos econômicos no apoio e divulgação da tal “nova”. Os veículos mais adequados têm sido, naturalmente, a mídia e a “onda” do consumismo. A presa mais fácil tem sido o jovem.

Vivemos um momento em que o mundo inteiro se volta em defesa da dignidade, da ética, da democracia, da eliminação dos preconceitos e da reafirmação dos valores morais e familiares.

A família, ao contrário do que defende a Nova Era, não é uma instituição antiquada. Como “Núcleo natural e fundamental da sociedade”, no dizer da Declaração Universal dos Direitos do Homem, a família é sempre atual e indispensável. “Só ela, ensina João Paulo II, garante a continuidade e o futuro da sociedade”. O berço familiar é, também, o lugar onde o homem e a mulher adquirem a sua identidade e constroem a sua formação.

Acima de tudo, está a chama do Evangelho que se mantém acesa. Jesus continua o Nosso Senhor e Salvador. Aquele de “Ontem, Hoje e Sempre” (Hb.13,8).

José Gonçalves do Nascimento

(Artigo publicado, originalmente, no jornal Diário de Itabuna, em 31 de março de 1994, no jornal A TARDE de Salvador, em 24 de maio de 1994 e no jornal Diário de Ilhéus, em 27 de abril de 1994)

Nenhum comentário:

Postar um comentário