Maria menina,
Virgem senhora.
Senhora aqui e em Nazaré,
Senhora em seu tempo e em nosso tempo.
Senhora do seu povo
e de todos os povos.
Senhora dos cristãos e dos sem religião.
Senhora do ontem e do hoje,
Senhora do céu e da terra.
Pobre moça de Nazaré!
Gente do povo e sem prestígio,
Entretanto a escolhida
Pra ser mãe do povo redento.
Ó, Senhora nossa ,
Sei que não estás longe!
Vejo-te na caminhada da Igreja,
Lutando com os que lutam no dia-a-dia,
Na tentativa e erguer o Reino
Do qual foste a primeira colaboradora.
Vejo-te nas Marias daqui e d’agora!
Na lavadeira,
Na gari,
Na agricultora,
Na menina sem escola
E sem pão.
Vejo-te na mãe solteira
E também naquelas que vendem o corpo
Como meio de sobrevivência.
Vejo-te em todas as Marias,
Sejam elas sonhadoras ou não.
És mãe de muitos filhos,
Senhora de muitos rostos,
E de tantas denominações.
Senhora negra de Aparecida,
Senhora índia de Guadalupe...
Senhora da África e da Ásia,
Senhora da Europa e das Américas,
Senhora da Oceania e do mundo inteiro.
Senhora, que o tu canto
Seja cantando por todas as bocas!
Que cada homem e cada mulher
Possam aprender de ti a lição do amor.
José Gonçalves
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