domingo, 28 de junho de 2009

ANTONIO CONSELHEIRO


Qual asceta, ó missionário matuto

Túnica azul alpercata e bordão

Homem místico, não te fizeste bruto

Aos clamores e angústias do sertão.


Tua palavra e teu sermão campesino

São a chave que abre perfeitamente

As portas do mistério nordestino

Urna infernal de castigo inclemente.


Aquele evangelho que tu disseste

Cujo eco, tão profundo bradou ao céu

De igual forma tá na obra que fizeste.


Do Ceará é que vieste ó Maciel

E doando-te por amor ao nordeste

Tombaste pela mão do coronel.


José Gonçalves do Nascimento

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