
Qual asceta, ó missionário matuto
Túnica azul alpercata e bordão
Homem místico, não te fizeste bruto
Aos clamores e angústias do sertão.
Tua palavra e teu sermão campesino
São a chave que abre perfeitamente
As portas do mistério nordestino
Urna infernal de castigo inclemente.
Aquele evangelho que tu disseste
Cujo eco, tão profundo bradou ao céu
De igual forma tá na obra que fizeste.
Do Ceará é que vieste ó Maciel
E doando-te por amor ao nordeste
Tombaste pela mão do coronel.
José Gonçalves do Nascimento
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