
Ignorando a mim mesmo
e a todos que me cercam,
paro em meio ao caminho
atropelado pelo próprio destino.
E ali sucumbo
vítima desse verme que me corrói,
desse lixo que me cobre,
dessa lama em que me afundo...
... e lá vou eu, tragado por esse dragão cruel
e aterrorizado pelo monstro da desgraça.
Quem devolverá minha infância?
Quem restituirá minha juventude?
Quem trará de volta minha vitalidade?
Quem me ajudará a recuperar o futuro?
Quem será o primeiro a me dizer:
“Levanta-te e anda”!?
...
Certo que caí...
e poderia até não ter caído,
mas só não cai, quem não tropeça.
E quem poderá dizer que nunca tropeçou?
Por favor, me estenda a tua mão!
Não te recuses de ser meu farol,
meu porto seguro;
aquele que me fará pisar de novo
a terra firme da vida.
Venha e juntos plantaremos flores
onde antes só encontrei espinhos...
Venha, eu sou o Cristo Crucificado.
... que ressuscitará.
José Gonçalves do Nascimento
o
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