
Um especialista no assunto diz que “nos anos 70 e início dos 80, falava-se muito no impacto da atuação das CEBs no campo sócio-político, enquanto geradoras de uma nova consciência das camadas populares e fator de grande importância no processo de libertação dos pobres.” (http://www.pime.com.br). Essas pequenas comunidades passaram a ser tidas como um “novo sujeito popular” com engajamento no processo de reversão da situação de pobreza e na luta por uma sociedade mais justa e mais fraterna.
A diocese de Bonfim não demorou muito a assumir esse modelo de Igreja. Com a chegada do dispo D. Jairo Ruy Matos da Silva em 1974, e de uma gama considerável de clérigos e religiosos de dentro e de fora do Brasil, a diocese assume um novo rumo na sua caminhada, optando por uma pastoral mais comprometida com a causa dos pobres. É o que lemos nas Diretrizes Pastorais da Diocese de Bonfim, de 1997: “Em nossa diocese, (...) entendemos que era preciso começar a viver em pequenas comunidades, como em outras partes do Brasil e da América Latina. As CEBs, este novo jeito de ser Igreja, ligando a fé com a vida, fez descobrir no povo a vocação de evangelizador, tomando consciência da grande diferença entre ricos e pobres, até assumir a opção preferencial pelos pobres, priorizando trabalhar nas CEBs, com lavradores, jovens do meio popular e grupos organizados”. (Diretrizes Pastorais da Diocese de Bonfim, Ed. Fonte Viva, Paulo Afonso, 1997, p. 4).
Esse momento viria a culminar com o processo de redemocratização ocorrido no país durante, praticamente, toda a década de 1980.
José Gonçalves do Nascimento
Senhor do Bonfim - Bahia
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